Estamos em um momento decisivo da nossa conjuntura histórica. O mundo se desdobra em busca de soluções para a crise climática, a transição energética e as revoluções

tecnológicas em série. Enquanto isso, as corporações se fortalecem e a riqueza está cada vez mais concentrada.

O Brasil se vê diante de um duplo desafio: não apenas tomar as rédeas do futuro, mas superar o atraso. Romper definitivamente com anos de governos incompetentes que flertam com (ou abraçam) o fascismo enquanto trabalham pela destruição do Estado nacional.

Se o governo do terror foi derrotado, nem por isso podemos nos iludir. Começamos a sair do poço de desespero apenas graças a uma união nacional da esquerda, que conquistou o feito inédito de impedir a reeleição de um presidente. É preciso, agora, olhar para frente.

Identificar os problemas de fundo e nos apresentarmos para combatê-los. Honrando sua história, o Trabalhismo se posiciona pela legalidade e os interesses do povo brasileiro: contra arbitrariedades privatistas que lesam o interesse público; contra o endividamento extorsivo de famílias e empreendedores. Pautamos educação de qualidade, direitos trabalhistas, o acesso à internet, a tributação de grandes fortunas e a inadiável revisão do pacto federativo. Pautamos o desenvolvimento tecnológico para nos inserirmos de forma qualificada na economia mundial.

Embaúba é uma árvore nativa da mata atlântica e, quando se abre uma clareira, é a primeira a nascer e promover a vinda de novas espécies. Suas folhas são usadas como lixa por indígenas e também alimento para uma variedade de espécies. Seu tronco abriga colônias de formigas. Por sua brasilidade, pioneirismo e versatilidade, por suas funções como abrigo e alimento, encontramos nela uma metáfora perfeita para o que se quer com esta revista.

Precisamos, mais do que nunca, debater e sistematizar o pensamento trabalhista para os desafios do século XXI. Com essa proposta, lançamos a Embaúba – cultura política, a nova revista da Fundação Leonel Brizola-Alberto Pasqualini/RJ.

Apresentamos cinco editorias que representam questões nevrálgicas, para as quais o liberalismo só apresenta respostas que são tão simples quanto problemáticas. Esses serão os nossos pontos de partida:

SOBERANIA — identidade nacional em um mundo globalizado;
DESENVOLVIMENTO — economia, cadeias produtivas e meio ambiente;
JUSTIÇA SOCIAL — direitos universais e pautas de minorias;
FUTURO — educação e mudanças no mundo do trabalho;
REPÚBLICA — democracia e instituições do Estado brasileiro

Temos ainda uma sessão dedicada à MEMÓRIA TRABALHISTA e um espaço de CARTAS para, a partir da segunda edição, publicarmos curtos comentários sobre os textos do número anterior.

Agradecemos a todos os autores, em especial ao ministro Carlos Lupi, e à nossa entrevistada, deputada e presidente estadual do partido, Martha Rocha, por acreditarem na proposta e contribuído para essa edição de estreia!

Esperamos que você desfrute da leitura e venha ser um de no

Esperamos que você desfrute da leitura e venha ser um de nossos autores no futuro!

Conselho Editorial.