A crise Shakespereana do PSDB Brasileiro.

William Shakespeare, o grande dramaturgo inglês em uma de suas obras primas A tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca retrata a história de como o Príncipe Hamlet tenta vingar a morte de seu pai o rei, executado por Claudio, seu irmão que o envenenou e, em seguida tomou o trono casando-se com a rainha. A peça traça um mapa do curso da vida na loucura real e na loucura fingida.

Aécio Neves – bastião do tucanato Brasileiro – desde que perdeu as eleições presidenciais vive uma densa crise Skakespereana entre ser ou não ser. Ser ou não ser, eis a questão: será mais plebe ou funestra. Em meio pobre espírito, sofrer a rejeição de meu povo. Com que infortúnio, raivoso me negam o meu destino de ser rei. Insurjo e ataco como um esgoto de provocações e injúrias.

E em luta por fim?
Honrar, ser digno jamais.
Dizer que aceitamos a vontade do povo, nunca.
E as mil injúrias e difamações lançadas por mim herança genética de meus comparsas.
Aceitar resignar é uma afronta.
Dores de meu ego, e mil pragas que rogo.
Aos que não se sujeitaram à mim, eis o meu repúdio.
Ardentemente desprezáveis, aceitar resignar é uma afronta.
Democrata? Justo? Aí está o limite de minha natureza.
Meus sonhos não realizados, do sono de ser rei.
Quando não mais puder insultar.
Obrigar-vos-ei ao escárnio das minhas vísceras.
Que por fortuna me dá a falta do escrúpulo.
Pois quem suportará a minha cruzada raivosa golpista.
Afrontarei até o fim, os que me negaram
As pontadas do meu egoísmo se acendem
As favas da lei, do Estado democrático de direito.
A prepotência do mando, e minha sina.
Que os que me venceram legalmente, recebem minha odiosidade.
Podendo ele próprio encontrar, seu refúgio
Com um simples golpe.
Quem agüentaria esse infortúnio de ser rejeitado?
Suportando, e agüentando a liberdade, deste povo que deveria me ser servil.
O país que não me aclamou, de cujo fim é a soberania.
Jamais perdoarei.
Faz-me proferir, meus instintos mais primitivos.
Fugir pra Miami.
Talvez?
E assim minha inflexão me faz golpistas.
Transforma-se no doentio pálido pensamento, de minha ojeriza deste povo.
Irrefletidas descomposturas, que faço.
Perdem o nome de minha inação.
Ser ou não ser eis a questão.
Triste crise dos que tentam renegar a vontade soberana do povo.
Henrique Matthiesen