Getúlio Vargas e a modernidade.

No dia 19 de abril comemoramos e exaltamos o nascimento de Getúlio Dornelles Vargas, filho de Manuel do Nascimento Vargas e de Cândida Francisca Dornelles Vargas. Um gaúcho que saiu de São Borja, interior do Rio Grande do Sul, para ser o maior e mais importante estadista que este país teve.

Líder revolucionário pôs fim à República Velha ou Primeira República, em 1930, com sua marcha libertadora e começara a projetar a modernidade industrial e cidadã do Brasil.

Neste movimento, Getúlio embutira três princípios basilares do Trabalhismo, os quais nos guiam e norteiam até nossa contemporaneidade o nosso partido: direitos sociais, soberania nacional e desenvolvimento econômico. Este tripé principiológico é a mais autêntica síntese da nossa modernidade e da nossa inserção no mundo civilizatório.


A partir da revolução de 30, Vargas trouxera conceituações imprescindíveis na compreensão do mundo como a questão da luta de classes – que é a oposição entre as diferentes classes da sociedade. A luta de classes não é apenas um conflito: envolve a economia, a política e a sociedade como um todo. O termo luta de classes foi uma denominação criada pelos filósofos alemães Karl Marx e Friedrich Engels para designar os conflitos existentes entre os membros das classes mais abonadas e das classes inferiores.

Para Marx, as lutas de classes foram, ao longo dos anos, um dos vários motivos para as revoluções na História mundial. Marx dividiu a sociedade em: proprietários, representados pela burguesia; e trabalhadores, representados pelo proletariado.

Outra contextualização importante que Getúlio nos trouxe foi o princípio da mais-valia, ou seja, a disparidade entre o salário pago e o valor produzido pelo trabalho. Desta maneira, podemos compreendê-la como o trabalho não pago, ou seja, as horas que o trabalhador cumpre versus o valor que ele gera e pelo qual não é remunerado.

Estes dois princípios foram as bases de sua industrialização. A modernidade das revoluções industriais conceituadas por Getúlio era paralelamente realizada com o avanço nas conquistas dos direitos sociais, uma vez que sem a dignidade do trabalhador não há desenvolvimento e nem avanço.

Vargas ensinara que a ciência, a tecnologia e a industrialização são essenciais para garantirmos e afirmarmos nossa soberania nacional, nossas riquezas e nossa prosperidade, mas se não forem acompanhadas da elevação cidadã e digna para o trabalhador com direitos garantidos, criaremos apenas riquezas para alguns privilegiados.

É importante esta reflexão para analisarmos que o grande feito de Getúlio tenha sido compreender o homem, pleno de direitos, em uma visão moderna de civilização e de construção pátria.

Manoel Dias
Presidente da FLB-AP e secretário-geral do PDT
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