NASCE UM ESTADISTA

Desde do descobrimento do Brasil pelas caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral, que visava chegar às Índias, o Brasil foi objeto de inúmeros governos e interesses na sua pura espoliação e exploração.

O saque de nossas riquezas, a escravidão dos índios, negros e depois dos não- pertencentes às classes dominantes, sempre foram a síntese mais fiel do nosso atraso.

A grande mudança de paradigma da história do Brasil significou a Revolução de 30, que levou Getúlio Vargas ao poder, foi onde se conheceu o único grande Estadista que esse país produziu.

Diferentemente de todos que o sucederam ou os que o antecederam nenhum, absolutamente nenhum, teve a dimensão e a obra que Getúlio Vargas deixou. As digitais da Era Vargas ultrapassam gerações e estão profundamente enraizadas no que o Brasil tem de mais avançado em direitos ou em desenvolvimento.

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Getúlio não foi escravo de dogmas conceitualmente conservadores, que subentendidos na continuação de privilégios, e muito pelo contrário, foi aferroador para a classe trabalhadora concedendo direitos vitais à sua condição de cidadão, assim como para as mulheres, afinal foi Vargas que reconheceu o direito da mulher ao voto, que alicerçou os direitos elementares dos trabalhadores.

A consolidação da CLT, a instituição do salário mínimo, a criação do Ministério do Trabalho e da Educação, demonstram de forma inigualável seu compromisso com o desenvolvimento e a libertação do povo Brasileiro.

Libertador do semifeudalíssimo em que vivíamos, Vargas compreendia o papel do trabalhador no desenvolvimento pátrio, não como um escravo, mas como agente objetivo de geração de riquezas e sua distribuição aos que verdadeiramente os produzia.

Finalmente com Vargas os trabalhadores não estavam mais órfãos e suas organizações enfim puderam se efetivar na busca de direitos e de justiça.

Sua visão nacional desenvolvimentista da mesma forma mudou os paradigmas do Brasil.

Getúlio Vargas foi um visionário que acreditava que as potencialidades de nossas riquezas naturais associadas à justiça social poderiam transformar o Brasil em uma das nações mais poderosas do mundo.

Enfrentando a ira das elites nacionais e os mais espúrios interesses internacionais, Getúlio construiu uma industrialização jamais vista.

Getúlio neste momento encarnou a nação em um homem, onde o princípio da Soberania Nacional e o desenvolvimento pátrio eram guias inabaláveis de seu conceito de edificar os alicerces de nossas potencialidades.

Neste período surgiu

Criação do Conselho Nacional de Petróleo em 1938. No ano seguinte, foi aberto o primeiro poço de petróleo em Lobato, na Bahia.

Construção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em 1941, empresa instalada em Volta Redonda Rio de Janeiro, para produção de aço.

Criação da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) em 1942, com a meta de cuidar da extração das riquezas minerais.

Criação da Companhia Nacional de Álcalis em 1943.

Criação da Fábrica Nacional de Motores em 1943.

Criação da Companhia Hidroelétrica do São Francisco em 1945.

Dentre outros.

Por essas façanhas provocou os ódios e a incompreensão das mais perversas elites que temos. Enfrentou-as como pôde, resistiu bravamente e num ato extremo doou sua vida às causas mais caras do povo Brasileiro.

Hoje é unanime que Getúlio foi o único grande Estadista desta pátria.

 

 
Henrique Matthiesen